EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PARA A INCLUSÃO DIGITAL EM ESTABELECIMENTOS PRISIONAIS EM PORTUGAL
DOI:
https://doi.org/10.18817/vjshr.v2i2.31Palavras-chave:
Educação e Formação. Tecnologias digitais. Inclusão digital. Aprendizagem ao Longo da Vida. Prisões.Resumo
Considerando o compromisso da União Europeia de aumentar substancialmente o envolvimento da população adulta em processos de Aprendizagem ao Longo da Vida, proporcionando, assim, o aumento do nível de qualificação através do desenvolvimento de competências-chave como a competência digital, o estudo em foco neste artigo envolveu duas prisões portuguesas e teve como objetivos identificar potencialidades e limitações da formação com recursos tecnológicos para o desenvolvimento de competências digitais e de cidadania e perceber quais as motivações dos/as reclusos/as em participar em formações apoiadas por tecnologias digitais e com que expectativas o fazem. Do ponto de vista empírico, o estudo recorreu a questionários e entrevistas a adultos/as reclusos/as que frequentaram ações de formação no âmbito de dois projetos em curso em Portugal. O estudo identificou vantagens na frequência de cursos de formação híbridos, com componente à distância, como a superação de barreiras geográficas e temporais, a flexibilidade de horários e a responsabilidade na construção do conhecimento, contribuindo ainda para o desenvolvimento de competências digitais, comunicação, interatividade, partilha, autonomia e ocupação do tempo. No entanto, foram também identificadas limitações relacionadas com a falta de acesso à Internet, as rotinas estabelecidas nas prisões e a desmotivação.
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